quarta-feira, 13 de junho de 2007

LEITURA CRÍTICO-REFLEXIVA

No Brasil, as escolas públicas estaduais e municipais, não têm Educação de Qualidade, exceto as Escolas Técnicas Federais, que obtiveram nota média entre 6.0 e 7,5; considerada boa pelo IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), mas que precisa melhorar ainda mais dentro da previsão do Plano Nacional de Educação (PDE), para o ano 2010.
No item educação o Brasil está atrasado mais de um século. E, é considerado um país do faz de conta.
As escolas públicas brasileiras fazem de conta que oferecem turnos de 4 (quatro) horas aulas, em 200 dias letivos por ano. Na realidade essas 800 horas anuais não chegam a 400 horas, que na verdade não passam de 3 (três) horas aulas, se levarmos em conta os intervalos as distrações e as brincadeiras entre uma aula e outra, a recreação, momento no qual alunos e professores utilizam para fazer seu lanche, e que os dias letivos não chegam a 150 dias, quando são descontados os “feriados”, “lutos”, “paradas de advertências sindicais”, que geralmente caem em dias estratégicos para permitir imprensar o dia seguinte, “períodos de paralisação por tempo indeterminado” em momentos de greves, e ausências de professores por “carência de profissionais” ou por "falta de concursos" ou porque os "concursados não são convocados".
Diante desse quadro triste, vergonhoso e ao mesmo tempo preocupante, precisamos acabar com esse faz de conta, urge a necessidade de ampliar o período de permanência do aluno na escola para 1.320 horas por ano de efetiva atividade escolar220 dias letivos e 6 horas de aulas por dia letivo, juntamente com outras atividades de aprendizado (informática, idioma, arte: musical, cênica, pintura, desenho, projetos literários, etc...).
Não se pode mudar essa realidade da noite para o dia, esse será um longo processo, mas que se iniciado imediatamente, permitirá ao Brasil dar um grande salto em direção a uma educação de qualidade. Como tenho dito, não devemos esquecer – A Escola – como fulcro de toda essa questão, o seu paradigma administrativo terá que sofrer profunda transformação, os privilégios, os apadrinhamentos têm que acabar se é que queremos uma escola de qualidade social.
Teremos que indiscutivelmente criarmos o modelo da escola que desejamos – A Escola Básica Ideal – esta será o palco onde ocorrerão todas as transformações necessárias para que alcancemos a escola dos nossos sonhos; tudo nela será transformado: os salários deverão atingir os patamares desejados, os professores serão valorizados e reconquistarão a sua dignidade profissional, através de uma formação continuada, uma avaliação ético-profissional competente, reformas físicas estruturais dos prédios escolares (o Brasil tem em torno de 164.000 mil escolas das quais mais de 100.000 estão funcionando em prédios totalmente inadequados, mais de 22.000 não têm água encanada, mais de 20.000 não têm energia elétrica, etc.); Não têm computadores (laboratórios de informática) e a maioria dos seus equipamentos estão sucateados por falta de manutenção.
É extremamente necessário que as forças políticas brasileiras da união, dos estados e dos municípios se unam em torno dessas propostas para que o Brasil venha ter uma Educação de Qualidade. O Papa Bento XVI quando em sua visita recente ao Brasil, diplomaticamente e com muita educação mandou através da imprensa que dava cobertura ao evento, um recado ao poder político brasileiro dizendo que: “O melhor caminho que se tem para fazer o bem ao próximo é através da política”, quando ele esta voltado para atender os anseios populares. É chagada à hora da união de todos para o bem desta grande nação.
Em cada Escola Ideal, deverá ser firmado um pacto entre pais, alunos, professores, servidores. Gestores escolares e líderes políticos, pela rejeição de greves como caminho para reivindicações, e para garantir a continuidade da Revolução Educacional em todas as cidades brasileiras.

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