terça-feira, 5 de junho de 2007

LEITURA CRÍTICO-REFLEXIVA DAS 23 PROPOSTAS PARA REVOLUCIONAR A EDUCAÇÃO BRASILEIRA DO SENADOR CRISTOVAM BUARQUE

1ª PROPOSTA – Transferir para o Governo Federal a coordenação da Educação de Base.

A municipalização da Educação Fundamental e a estadualização do Ensino Médio impedem a qualidade e mantêm a desigualdade na educação, que fica dependendo da cidade onde a criança tenha nascido ou viva. Para fazer uma federalização, ou criar um Sistema Único de Educação, o Governo Federal precisa ser o agente coordenador do sistema educacional brasileiro, e o Presidente da República o líder mobilizador da educação no Brasil. Para isso, deverão ser criados dois instrumentos administrativos, no plano federal:

a) Transformar o MEC em Ministério da Educação de Base, criando-se um Ministério específico para o Ensino Superior ou incorporando o Ensino Superior ao Ministério da Ciência e Tecnologia, como ocorre em outros países;


b) Criar uma agência Nacional para a proteção da criança e do adolescente;


c) Garantir descentralização gerencial às escolas brasileiras;

LEITURA CRÍTICO-REFLEXIVA:

Realmente, com o triste e preocupante quadro apresentado pela educação brasileira, nos dias atuais, fica comprovado que a municipalização do Ensino Fundamental e a estadualização do Ensino Médio, não foram medidas eficazes para a educação.
Com estas medidas acentuaram-se ainda mais as desigualdades entre o Ensino Fundamental e o Ensino Médio brasileiro que perdeu o seu elo, a sua linha mestre que deve nortear a educação de um país que assim como o nosso naturalmente o exige, por se tratar de um gigante continental. Dessa forma, a educação passou a reproduzir cada vez mais as desigualdades sociais existentes no seio desta nação.
A escola brasileira dividiu os filhos desta nação em duas castas: os ricos e os pobres, excluindo por completo àqueles menos favorecidos de um bem maior da nação que é a educação; excluindo-os de um direito inalienável, constitucional que se trata da igualdade de condições para o acesso e permanência na escola na escola, gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais e a garantia de qualidade da educação recebida, que são princípios básicos de uma educação cristã, solidária e igualitária. Lei que não se cumpre é letra morta.
A transformação do MEC em Ministério da Educação de base e a criação de um ministério específico para o Ensino Superior ou a sua incorporação ao Ministério de Ciência e Tecnologia, representa um salto em direção a um ensino de qualidade neste país. "Nenhum servo pode servir a dois senhores, porque ou há de aborrecer a um e amar ao outro ou se há de chegar a um e desprezar ao outro" (Mt 16.13), nós sabemos que são muito mais fáceis as relações das universidades com o MEC do que a das escolas; até pelo nível superior das questões envolvidas, da sua importância imediata para a nação e da pluralidade dos interesses políticos, econômicos e sociais envolvidos nessas questões.
A federalização da Educação de Base no Brasil significa segundo o próprio Senador Cristovam Buarque, a criação de “uma escola do tamanho do Brasil, ou seja, o equivalente a 164 mil escolas, com 1,2 milhões de salas de aulas, somadas outras tantas que deverão ser construídas com um padrão de qualidade equivalente para todas as 48 milhões de crianças e adolescentes em idade escolar, para 2 milhões de professores, além daqueles que deverão ser encontrados, e também para 15 milhões de Jovens e Adultos analfabetos e seus alfabetizadores”.
Ao longo de todos esses anos que tenho trabalhado na educação, tenho visto e acompanhado através da imprensa nacional, estadual e local a criação de diversos órgãos e agências federais para regular, proteger e administrar recursos e atividades econômicas, mas nenhuma agência específica para ajudar Governo Federal e o Presidente da República no cuidado com a infância, como tem dito o Senador Cristovam Buarque. Na atual estrutura administrativa do nosso país, nem a infância nem a educação, nem a saúde nem a segurança, nem a habitação são atividades prioritárias (salvo a preocupação com a educação vivenciada nesse momento); quando sabemos que essas áreas deveriam ser estritamente prioritárias dos governos nos seus três níveis: federal, estadual e municipal.
Os nossos jovens de origens mais humildes, que representam a grande maioria desse país, provenientes das classes trabalhadoras saem das escolas vazios, sem educação, sem instrução, sem conhecimentos, sem perspectivas de futuro, sem capacidade de sonhar com o que eles podem fazer por si e pela nação. Talvez essa seja a causa da tamanha explosão da violência e de venda e consumo de drogas que vêem destruindo nossos jovens e arrasando nossa nação. Talvez nós sejamos culpados por tudo o que está acontecendo em nosso país. Precisamos mudar o rumo de nossa história, porque a violência e a droga vão à nossa frente destruindo tudo o que encontra, com a fúria de um devastador tsunami. Mas, ainda há tempo de salvar esta nação comecemos hoje mesmo, a cobrarmos dos nossos governantes uma Radical Revolução na Educação deste país.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

CENSO ESCOLAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA 2007

As escolas brasileiras públicas e privadas devem preencher o formulário do Censo Escolar da Educação Básica de 2007 até 31 de agosto. Com base nos dados do censo, o Ministério da Educação repassa os recursos para aquisição de livros didáticos, merenda escolar e para o FUNDEB (Fundo da Educação Básica).
Neste ano, as escolas poderão enviar suas informações para o MEC, através da Internet por meio do seguinte site: http://www.educacenso.inep.gov.br/. Os gestores das escolas que não possuam acesso à Internet devem prestar as informações nas secretarias estaduais ou municipais de Educação.
Agora, as informações pessoais serão mais detalhadas, podendo fornecer um perfil pessoal do aluno, com informações do tipo – matéria de interesse do aluno, dificuldades de cada estudante, etc. Partindo-se destas informações coletadas pelo questionário, também será possível saber se o professor deste aluno teve ou não formação específica para lecionar.

OS FRUTOS DA MARCHA "EDUCAÇÃO JÁ" COMEÇAM A SER COLHIDOS

Os frutos da grande marcha por uma Educação de Qualidade para todos, ricos e pobres, criada pelo Senador Cristovam Buarque, já começam a ser colhidos em tempo recorde. O Estado do Rio de Janeiro vai construir “escolas-modelos”, com Ensino Médio em horário integral e, currículo com atividades esportivas, aulas de idiomas, ciências e artes. A previsão é que a primeira escola seja inaugurada em março, em Campo Grande, na zona Oeste da capital.
As novas instituições terão 12 salas, com capacidade para 42 alunos, totalizando assim 504 alunos, só nesta unidade. Neste novo modelo de educação, as atividades laborativas da instrução e da construção do conhecimento serão associadas às atividades esportivas, aulas de idiomas modernos, estudo dirigido, artes cênicas, integradas a um auditório – artes musicais, salas de leituras, laboratórios de informática, ciências, idiomas, quadras poliesportivas e piscinas.
Outras quatro escolas na capital estão previstas no orçamento: em Santa Cruz e Jacarepaguá, também na zona Oeste, e duas na zona Norte. Em cada uma delas será realizado um investimento na ordem de R$ 10 milhões, e metade do valor está previsto no orçamento deste ano. Até 2010, mais 15 escolas deste porte deverão ser construídas em todo o estado.
Para que outros municípios sejam atendidos, o governador, Sérgio Cabral, pretende estabelecer parcerias. Este é um exemplo de governo que se preocupa com educação.

ENEM - 2007

O ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio – é um dos principais instrumentos de avaliação do desempenho dos estudantes brasileiros. Em 2006, na sua nona edição, alcançou um total de 3.731.924 inscritos, sendo que a prova foi aplicada em 800 municípios.
O ENEM 2007 está com inscrições abertas desde 14 de maio até 15 de junho. Podem participar estudantes concluintes do Ensino Médio em 2007 ou que já concluíram o curso.
As inscrições podem ser feitas pelo site: http://www.enem.inep.gov.br/. Agências dos Correios também aceitam a inscrição – documentos exigidos – Carteira de identidade original, mas quem ainda está no Ensino Médio deve primeiramente retirar a ficha na escola em que estuda, antes de ir ao correio. A taxa de inscrição custa R$ 35,00 Reais e deve ser paga na rede bancaria. Os alunos da escola pública são isentos desse pagamento. Mas os estudantes das escolas privadas ou os que já terminaram o Ensino Médio também podem pedir a isenção.
Os inscritos receberão o cartão de confirmação de inscrição até 17 de agosto. A prova será realizada no dia 26 de agosto e constará de 63 questões objetivas de múltipla escolha sobre várias áreas de conhecimento, além de prova discursiva.
Neste ano, as avaliações serão realizadas em 1.332 municípios, distribuídos em todas as unidades da federação e no Distrito Federal.
Atualmente, cerca de 500 instituições de Educação Superior utilizam de alguma forma, os resultados do Exame em seus processos seletivos ou vestibulares. Esse Exame permite ao aluno participar de outras ações do governo, como o Prouni (Programa Universidade para Todos), no primeiro semestre de 2007, só foram aceitas inscrições de alunos que obtiveram nota mínima equivalente a 45 pontos (média aritmética entre as provas de redação e conhecimentos gerais) no exame.