Hoje, graças ao grande desenvolvimento tecnológico dos meios de comunicação, podemos acompanhar em tempo real os principais indicadores políticos, sociais, econômicos e culturais de nosso país. Mas, em nenhuma outra época o Brasil vivenciou tantos indicadores que apontam para os riscos que ameaçam esta nação. O descaso político para com a educação levou este país para uma situação tal que não lhe resta senão duas alternativas: lutar bravamente para revertermos essa triste situação em que se encontra a nossa educação ou então estejamos dispostos a passivamente vermos o nosso povo cada vez mais mergulhar na pobreza absoluta, na fome criminosa de alimento e de saber, na mais cruel e desumana divisão de classes entre ricos e pobres, na marginalização de um povo sofrido, descriminado na oportunidade de construir o seu próprio conhecimento e o seu próprio futuro. Nunca este povo esteve tão sem esperança no futuro. A criminalidade, as drogas e a prostituição têm absorvido nossas crianças e jovens levando-os a estagnação e à morte por caminhos sem volta.
E o que é pior, nossos partidos, nossos políticos que do ponto de vista sócio-político-administrativo são nossos representantes, nossos defensores, nossos tutores, tornaram-se nossos piores adversários quando passaram a defender interesses pessoais ou de grupos políticos e econômicos em detrimento dos interesses maiores desta nação. Hoje, já não há diferença alguma se o partido é de extrema-esquerda, esquerda, centro, direita ou extrema-direita, pois quase todos, para não generalizarmos, têm o mesmo tipo de comportamento (aético) e difícil é identificá-los pelo comportamento e pelas suas ações. Antigamente quando se desejava ferir moralmente um político; bastava fazer referência a expressão: “Farinha do mesmo saco”. Hoje, no entanto, essa possibilidade comparativa já não mais existe tamanha é semelhança entre eles.
Bem mais parece que os valores éticos, morais e espirituais desta classe de políticos foram totalmente corrompidos ou por outro lado, perderam o medo de agir de tal forma, diante do manto de segurança que lhes cobre através do instituto do “Foro Íntimo”, "Foro Especial" ou “Imunidade Parlamentar” não confundir com impunidade parlamentar. Nos dias atuais o indivíduo pode matar, assaltar ou roubar e não precisa mais correr se esconder nas brenhas da mata, basta se candidatar a algum cargo eletivo (desde que o cargo goze dessa prerogativa); porque assim ele estará livre de ser incomodado pela justiça. Felizmente podemos contar com alguns nomes, são poucos, mas são dignos de credibilidade, pois são políticos honestos e comprometidos com a problemática nacional.
Diante do fracasso da escola pública, na qual os jovens não têm a mesma chance de receber uma “Educação de Qualidade” comparada com a educação que os filhos dos ricos recebem; pois é do nosso conhecimento que a escola pública que temos não educa, não forma, não possibilita a construção do conhecimento e nem forma para a vida. É este o perfil do jovem que a escola pública lança no mercado de trabalho. Um jovem despreparado, sem perspectivas, sem nenhuma chance a seu favor, marcado para a derrota, que caminha na busca do mercado de trabalho, como uma ovelha caminha para o matadouro sem nenhuma esperança. E o que é pior ainda, é que seus pais já vencidos, estigmatizados e cauterizados pela opressão do sistema imposto, acreditam que não tem mais solução, que não há outro caminho a ser seguido. Se continuar dessa forma, se não houver uma transformação radical e profunda, tendo à frente o Presidente da República, estaremos como sempre estivemos, obrigados reproduzir uma “casta” que irá continuamente repetir e refletir a profunda desigualdade social deste país.