segunda-feira, 25 de junho de 2007

APENAS 62 ESCOLAS PÚBLICAS DE TODO BRASIL TÊM NÍVEL DE PAÍS DESNVOLVIDO

Segundo o IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – apenas 62 (sessenta e duas) escolas públicas de todo o país têm uma educação do mesmo nível da média dos países desenvolvidos, índice esse obtido após avaliarem 18.653 escolas de 5ª a 8ª séries (0,33%) de todo o universo de escolas brasileiras. Essas escolas são as únicas que alcançaram ou superaram a nota 5,5 no IDEB.
O IDEB é calculado a partir dos resultados obtidos através da Prova Brasil e do SAEB – Sistema de Avaliação da Educação Básica, ambos aplicados pelo Ministério de Educação nas redes públicas de todo o país, e das taxas de aprovação que consideram a repetência.
Os índices das primeiras séries do Ensino Fundamental (1ª e 4ª séries) não são melhores do que os acima citados referentes às 5ª e 8ª séries . Somente 166 escolas, de um total de 27.951 escolas (0,59%), obtiveram nota 6,0 (seis), considerada pelo ministério como parâmetro de qualidade. A maior parte dessas escolas está localizada no Sudeste do país: 70 (setenta) em Minas Gerais, 46 (quarenta e seis) em São Paulo e 17 (dezessete) no Paraná.
As duas piores escolas, com nota 0,1 no IDEB, são as Escolas Municipal Esfinge, localizada em Lauro de Freitas, na Bahia, e a Monteiro Lobato, na Cidade de Reserva do Iguaçu, no Paraná.
A melhor escola classificada nessa avaliação é a Escola Municipal Guiomar Gonçalves Neves, na cidade de Trajano de Morais, no Rio de Janeiro, Estado que também tem a segunda colocada, em São Sebastião do Alto.
Para o presidente do INEP – Instituto Nacional de Pesquisas Educacional Anísio Teixeira – Reynaldo Fernandes, falar em resultado bom ou ruim é algo “relativo”. Ele afirmou ainda, que o fato de a maior parte das escolas estarem abaixo da média dos países desenvolvidos não é surpresa nenhuma, uma vez que o PISA, a avaliação internacional, há anos vem mostrando o Brasil nas piores colocações entre 41 (quarenta e um) países tomados como referência mundial.
Essa é mais uma constatação de que a educação brasileira precisa passar por uma verdadeira, profunda e radical revolução, conforme tem denunciado e proposto o Senador Cristovam Buarque.

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