segunda-feira, 6 de agosto de 2007

ESCOLAS PÚBLICAS DO ESTADO COBRAM TAXAS ABUSIVAS DOS ALUNOS

Li no Jornal a Folha na internet, recentemente um artigo que muito me chamou a atenção, cujo título usei para dar nome a essa matéria. Segundo a matéria escrita pela jornalista Cássia Gisele Ribeiro, muitas escolas da Rede Pública do Estado de São Paulo, estão cobrando taxas para fazer provas, taxa de ocupação nas bibliotecas, comercialização do uniforme obrigatório a preços abusivos, contribuições para Associação de Pais e Mestres, material de expediente tais como, papel sulfite, papel ofício, álcool, etc, etc, etc.

Mas segundo a Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo, que se posicionou por meio de comunicado oficial, divulgado pela assessoria de imprensa, qualquer cobrança de taxa feita aos alunos em Escolas da Rede Pública é terminantemente PROIBIDA.
Imagine se essa prática chega ao Rio Grande do Norte, onde os professores ganham mau, as escolas estão deterioradas, muitas caindo aos pedaços, sem bibliotecas (de verdade), sem laboratórios, sem equipamentos, sem quadras de esportes, piscinas e principalmente praticamente sem alunos, porque as Escolas nada têm a oferecer aos seus alunos como forma de atraí-los para buscar um futuro melhor.
O sonho do FUNDEB cujo anuncio encantou e encanta milhares de professores, ainda não chegou às escolas e pelo visto está difícil de chegar. No marketing político, é fascinante, a alegria contagiante daquela professora que sai de casa distribuindo alegria, contagiando felicidade por onde passa a caminho de sua escola, da mesma forma aquele pai conduzindo sua filha à escola. Mas tudo apenas parece um sonho... Uma utopia... Muito distante da realidade... Os Educadores da rede pública do Estado do Rio Grande do Norte estão hoje ha 26 dias letivos em greve, com as escolas sem funcionarem, os alunos correndo grande risco de perderem o ano letivo. Os educadores já não têm mais o que perder, porque seus prejuízos morais, éticos e materiais são historicamente secular, os descontos das faltas em seus contra-cheques é apenas mais um dos reveses da sofrida vida de quem é educador em um país em que a educação não é prioridade. Os governantes e legisladores desse pais, excluindo-se algumas exceções, resistem em manter uma visão política arcaica, em que vêem a educação como "gasto" e não como "investimento". Realmente um povo culto, cheio de conhecimento não se deixa levar facilmente por manobras políticas; desta forma investir intelectualmente no povo seria desvantajoso para os maus políticos.

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