quinta-feira, 2 de agosto de 2007

MPF ENTRA COM AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA CONTRA A GOVERNADORA DO RN

O Ministério Público Federal do Rio Grande do Norte, ajuizou ontém Ação de Improbidade Administratativa contra a governadora do Estado, Wilma de Faria (PSB-RN), devido a supostas irregularidades na construção da ponte Forte - Ridinha, em Natal.
Outras 22 pessoas são acusadas na ação, entre elas executivos das construtoras Queiroz Galvão (Líder do consórcio que faz a ponte), Construbase Engenharia e Outec Engenharia de projetos).

Relatório feito a pedido do MPF mostrou que houve sobrepreço "sem aparente explicação" de R$ 14,7 milhões na obra, além de R$ 982 mil de "maximização indevida dos lucros" do consórcio.

Análises posteriores do TCU (Tribunal de Contas da União) e da CGU (Controladoria Geral da União), apontam que o sobrepreço na obra foi ainda maior: R$ 38,2 milhões, dos quais R$ 29,6 milhões já foram pagos, o que configura superfaturamento.

Parte desse suposto prejuízo ao erário público foi causado, segundo o MPF, por falhas no projeto, que permitamitiram inclusão de valores com sobrepreço e alterações na execução da obra para aumentar o valor do contrato.

A ação aponta que também houve restrição da competitividade durante a licitação da obra, pois foram feitas exigências excessivas de qualificação técnica das possíveis competidoras.

A procuradoria pede à Justiça que aplique as sanções tipificadas em casos de improbidade administrativa, como bloqueio de bens e suspensão de direitos políticos dos acusados.

A ponte, tida pelo governo potiguar como a maior construção do tipo com estais (Cabos metálicos), do Brasil, foi orçada em R$ 194 milhões, dos quais foram pagos cerca de R$ 170 milhões, segundo a Secretaria de Obras do Estado.

O MPF considera "irrefutável" a responsabilidade de Wilma nas irregulares, por ela ser a "representante máxima do Estado".

Outro suposto fator de responsabilização é o nome dado à ponte: "Ponte de Todos Newton Navarro", que se parece com o slogan "Governo de Todos", da administração estadual.


TRANSCRITO NA INTEGRA

FONTE: Uol Últimas Notícias

ESCRITO POR: João Carlos Magalhães (da Agência Folha).


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